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Nome indígena

  • Foto do escritor: S&T
    S&T
  • 19 de abr.
  • 4 min de leitura
Schinus terebinthifolia

Aroeira Pimenteira Vermelha

A aroeira-vermelha é uma planta vulnerável em sua região nativa da Argentina, Paraguai e Brasil, mas ganhou destaque em regiões onde é considerada exótica, como os Estados Unidos. Suas folhas têm propriedades antimicrobianas e sua semente de pimenta-rosa é um deleite culinário doce e frutado. Essa árvore tem sido um recurso valioso para as comunidades de indígenas Guarani, sendo tradicionalmente utilizada no tratamento de dores reumáticas e luxações por meio de compressas de folhas.


Peltophorum dubium

Canafístula, Yvyrá Pytã

Yvyrá Pytã, em Guaraní, significa ‘madeira vermelha’. No Paraguai, ela foi considerada um “símbolo da resiliência da floresta”, ao ganhar a competição “Colosos de la Tierra” de 2021. Essa competição, que estava em sua décima edição em 2021, visa conscientizar a população sobre a biodiversidade no Paraguai. A Yvyra Pytã de Alto Verá foi uma de mais de 600 arvores inscritas baseadas em sua altura e diâmetro de tronco. Em 2022, o concurso teve sua primeira edição internacional, onde uma Samaúma (Ceiba pentandra) brasileira de 61 metros de altura venceu como “a maior árvore da América Latina e Caribe”. Essas sementes de Canafístula foram adquiridas de guardiões de sementes no estado de Minas Gerais.



Arachis hypogaea

Amendoim Paraguaio Bicolor

O amendoim é uma semente nativa da América do Sul, seu centro de origem sendo provavelmente a região do Chaco paraguaio. Na língua Tupi, Mãdu’bi significa ‘enterrado’, e diversos nomes populares para essa planta são derivados desse conceito indígena – Minduim, Minduí, Mindubi. Isso é porque essa leguminosa cresce sob o solo em vagens de uma a três sementes comestíveis. Devido ao seu alto teor de proteínas e gorduras, o amendoim é um alimento com o potencial humanitário de combate à fome e desnutrição infantil. Por isso a pasta de amendoim compõe a base de alimentos terapêuticos empregados em ações com esse propósito. Uma variedade crioula da semente, como esse amendoim paraguaio bicolor, é nativa, livre de manipulações genéticas, e desconhecida das tecnologias agroindustriais modernas.


Syagrus oleracea

Gueroba

A palmeira Gueroba é nativa do Cerrado e da Caatinga, e também é conhecida como palmito amargo, ou guariroba – do termo Tupi ‘gwarai-rob’, que significa "o indivíduo amargo”. O cerrado teve 50% de sua vegetação destruída nos últimos 40 anos, por isso, a colheita e extração dessa palmeira deve ser acompanhada do cultivo diversificado. Iniciativas de plantio de variedades genéticas da Syagrus oleracea por agricultores é a solução primordial para os desafios não só de conservação dessa árvore em particular, mas para combater o desmatamento do cerrado como um todo. Essa semente foi adquirida de uma organização que promove o reflorestamento de áreas no Cerrado brasileiro, principalmente aquelas degradadas por queimadas intencionais desencadeadas pelo agronegócio.


Annona mucosa

A Annona mucosa, também conhecida como Rollinia deliciosa, é nativa da América do Sul tropical, cujo fruto e folhas possuem componentes químicos úteis no combate ao câncer, parasitas, bactérias e fungos nocivos. Há um nível de toxicidade no extrato das folhas que pode matar parasitas de culturas de arroz. E da parte interna da casca, o povo originário Pataxó confeccionava tangas, por ela formar um tecido macio. No filme hollywoodiano de 2003 chamado The Rundown, estrelando Dwayne Johnson, uma fruta da família Annona foi retratada como paralisante, mas isso é um mito. Esse mito surgiu provavelmente do fato de que um experimento foi feito onde o extrato da casca dessa árvore, ao ser injetado em um sapo, causou a paralisia de um de seus membros traseiros.


Leucochloron incuriale

Angico rajado

Essa variedade de Angico fornece uma madeira de excelente qualidade com um padrão rajado incrível e inconfundível. O projeto Seeds and Tales forneceu sementes de Angico para a iniciativa de reflorestamento do Assentamento Mário Lago, pois essa árvore tem o potencial de restaurar áreas degradadas. A Leucochloron incuriale é atribuída como publicada e nomeada por 2 botânicos associados ao Jardim Botânico de Nova Iorque. Nesse jardim, se encontra a maior área restante da floresta primária que cobria Manhattan antes da chegada dos europeus no século XVII. Essa terra era do povo indígena chamado Lenape, antes de seu deslocamento forçado durante guerras coloniais. Hoje, essa área representa a característica de constante mudança de florestas primárias, que por natureza demonstra sua antiguidade por meio de “mudança e variação constantes”.


Copaifera reticulata

Copaíba amazônica

A Copaíba Amazônica se diferencia de sua parente Copaifera langsdorffii principalmente pelo seu porte, pois pode atingir mais de 40 metros e viver mais de 400 anos. O nome Copaíba vem da palavra Tupi ‘Kupa'iwa’, que significa “árvore depósito”, referente ao depósito de óleo ou resina em seus troncos. Esse óleo possui diversas utilidades medicinais para pessoas e plantas, por, entre outras coisas, agir como fungicida biológico, ou seja, de forma inofensiva para o meio ambiente quando “comparado com fungicidas sintéticos”.


Syagrus romanzoffiana

Na mitologia Guarani-Mbya, o Jerivá foi levantado por Nhanderu Pa’i, uma figura central na criação do universo. O fruto alaranjado da palmeira foi desenhada para o consumo humano, simbolizando uma criação original, e não uma cópia. Porém, diz-se que o nome “romanzoffiana” vem de um conde russo que financiou uma expedição onde um poeta alemão coletou uma amostra desse coqueiro e o registrou em meados de 1815. Essa árvore de porte alto pode ser encontrada em praticamente todos os biomas brasileiros, fornece grandes reservas de pólen para abelhas nativas e os frutos são apreciados por aves magnificas como maritacas, tucanos e araras.

 
 
 

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