Amazônia
- S&T
- 19 de abr.
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Cordia goeldiana
Freijó
O Freijó é da Amazônia e é uma espécie usada e comercializada por sua madeira. Espécies denominadas “madeireiras”, como a Cordia goeldiana, em teoria, são equipadas para sobreviver geneticamente à indústria criada em volta dela. No Pernambuco e na Paraíba, essa madeira é tradicionalmente associada a confecção de flecha. Seu registro é atribuído ao botânico Huber, em Belém na primeira década do século XX.
Attalea maripa
Inajá
A palha dessa planta é uma característica arquitetônica para o povo Kawaiwete, que a utiliza para fazer telhados. Ela é nativa e presente em toda a região amazônica e seu fruto tem grande potencial como biocombustível. Porém, a criação de pasto e monocultura ameaçam sua população.
Carica papaya
Mamão
O mamoeiro é uma das árvores mais comuns em pomares domésticos no Brasil, apresar de não ser tecnicamente uma árvore. Seu tronco não é de madeira. No mundo, apenas a Índia produz mais mamão do que o Brasil. Além do sabor e valor nutricional de sua fruta, suas sementes têm o potencial de tratar células cancerígenas, incluindo da próstata, mama, cólon e pulmão. Cientificamente conhecido como Carica papaya, acredita-se que o mamão tem origem na Bacia Amazônica Superior, onde ocorre a sua máxima diversidade genética. Durante o período colonial, era comum o intercâmbio de espécies entre as colônias. Dessa forma, o mamão foi enviado à África, ao Sudeste Asiático e à Polinésia, resultando em diversas variedades típicas dessas regiões.
Ceiba pentandra
Samaúma
Nas pequenas sementes da Samaúma reside a potência de um dos maiores seres vivos florestais. Podendo atingir 70 metros de altura, a copa dessa árvore emerge acima do dossel da floresta. A Samaúma é interpretada por culturas nativas amazônicas como um portal usado por divindades nas suas passagens pela floresta. Para a civilização Maia, a base dessa árvore era o submundo dos deuses. Ela é sagrada para a diversos povos da Amazônia, é chamada de "árvore da vida” ou mãe-das-árvores, fornece abrigo a diversos animais, agrega água limpa no solo de suas raízes profundas, e une o reino terreno ao reino dos deuses através de seu tronco imenso.
Schizolobium amazonicum
Pinho cuiabano, Paricá
Essa árvore tem um papel importante no reflorestamento da Amazônia e, como tal, na mitigação dos efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas. A Floresta Amazônica vem passando por altos índices de antropização, ou seja, significativas transformações erosivas causadas por humanos. Acredita-se que os povos indígenas da antiguidade habitaram regiões remotas da Amazônia por mais de 13 mil anos, elaborando cuidadosamente o que agora erroneamente chamamos de ‘areas intocadas’. A Schizolobium amazonicum simboliza como os humanos são tão capazes de construir florestas quanto de destruí-las.
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